quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sétimo poema dos Cantos da grande alegria do coração





Há sete dias que não vejo minha bem-amada.
O langor se abateu sobre mim.
Meu coração tornou-se pesado.
Esqueci até de viver.

Assim que os médicos vieram me ver,
Seus remédios não me curaram;
Os mágicos não encontraram encantamentos
Que descobrissem minha doença.

Mas se me disserem: “Olhe, aqui está ela”, isso me restituirá a vida.
Seu nome é o que me reconforta.
As idas e vindas de seus mensageiros
É o que prende meu coração à vida.

A bem-amada é melhor para mim do que os remédios,
Ela é para mim mais do que uma receita,
Sua vinda é meu amuleto,
Assim que a vejo, recupero a saúde.

Assim que ela abre os olhos, meu corpo se torna jovem.
Assim que ela fala, me torno forte.
Assim que a tomo nos braços, ela afasta de mim o mal.
E ela está longe de mim há sete dias.

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