sábado, 30 de junho de 2012

Ensinamentos de Amenemope



Os  ensinamentos de Amenemope , traduzidos para o hebraico, determinaram a filosofia do
Livro de Provérbios do Antigo Testamento. Traduzidos para o grego, eles deram
cor a toda a filosofia religiosa helênica subseqüente. O filósofo alexandrino
Filo, de dias posteriores, possuía uma cópia do Livro da Sabedoria.
Amenemope trabalhou para conservar a ética da evolução e a moral da
revelação e, nos seus escritos, passou-as tanto aos hebreus quanto aos gregos. Ele não foi o
maior dos mestres religiosos dessa época, mas foi o mais influente, no sentido
de colorir posteriormente o pensamento de dois elos vitais para o crescimento da
civilização ocidental ? os hebreus, entre os quais a fé religiosa ocidental
desenvolveu-se até o seu apogeu, e os gregos, que desenvolveram o pensamento
filosófico puro, que atingiu o seu mais alto ápice na Europa.
No Livro dos Provérbios hebreu, os capítulos quinze, dezessete, vinte e, ainda,
o capítulo vinte e dois, do versículo dezessete, até o capítulo vinte e quatro, versículo vinte e dois, são tirados, quase palavra por palavra do Livro da Sabedoria de Amenemope. O primeiro salmo do Livro dos Salmos hebreu foi escrito por Amenemope e é o âmago dos ensinamentos de Iknaton.


Em verdade o homem é argila e palha
e Deus é o seu arquiteto.
Aborrece-se Deus do falsificador de palavras e abomina o hipócrita.
Não separes teu coração de tua língua
para que sejam próspero  todos os teus caminhos.
Melhor é ser pobre nas mãos de Deus
que possuir riquezas no celeiro.


Amenemope

Música Para Meditar ☥ Egipto☥

quarta-feira, 27 de junho de 2012



De que vale estar ricamente vestido, se alguém se comporta como um fraudador diante de Deus? A faiança disfarçada em ouro se torna chumbo quando a luz nela bate.

Não construas um barco pensando unicamente em dele tirar proveito. Pede o preço da passagem ao rico e faz passar gratuitamente o pobre.

Não dissocies teu coração de tua língua. Assim todas as tuas empresas chegarão a bom termo

Mantém a firmeza de coração. Fortalece-o. Não conduzas o navio com tua língua. Embora a língua do homem possa tornar-se o leme do barco, é o senhor da totalidade que deve ser seu piloto.

(Amenemope - 984 a.C.) 

Amenemope


Amenemope foi o quarto faraó da XXI dinastia. Governou o Egipto durante o Terceiro Período Intermediário entre 993 e 984 a.C..

Pensa-se que seria filho de Psusennes I, o seu antecessor. A sua mãe teria sido a rainha Mutnedjemet.

Embora fosse faraó, assumiu o título de sumo sacerdote de Amon, o que seria uma tentativa de evitar a influência sacerdotal no estado.

Foi sepultado num pequeno túmulo em Tânis, mas mais tarde a sua múmia foi movida pelo faraó Siamon para um túmulo mais digno, originalmente pensado para a rainha Mutnedjemet. A sua múmia foi encontrada num caixão de madeira colocado num sarcófago de quartzito amarelo.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O Silêncio



O irriquieto no templo
se assemelha a uma árvore
crescendo em lugar fechado.
O brotar de seus ramos
não dura mais que um breve instante,
e termina nas mãos do lenhador.
É transportada por mar para longe
de seu devido lugar,
e a chama é sua mortalha.
O verdadeiro silencioso,
que se mantém de lado,
se assemelha a uma árvore crescida em campo aberto.
Ele floresce,
dobra a sua produção
e se ergue diante de seu mestre.
Seus frutos são doces,
sua sombra deliciosa.
Ele vai até o fim
dentro de seu próprio jardim.

Amenemope 

Eu subi como uma andorinha
E voei como um falcão.
Eu fui levado em direção ao lugar em que se encontra a justiça, E voei em direção aos bem-aventurados em forma de andorinha.
As andorinhas são as estrelas imperecíveis
Que dão ao Faraó a árvore da vida de que elas vivem.
(Texto das pirâmides 1770a, Texto dos sarcófagos, cap. 205)

As estrelas



Eu subirei ao espaço luminoso,

Eu atravessarei o espírito da Terrra,
Eu caminharei na Luz
Eu atingirei a Estrela
(Texto dos Sarcófagos, capítulo 545)

Possa tu subir,

Possas tu te elevar em direção ao céu sob a forma de uma grande estrela que está no meio do Oriente. (Textos das Pirâmides)

Tu és, sem dúvida, esta estrela posta no mundo pelo Ocidente e não hás de perecer


(Texto dos sarcófagos)




O rosto do ressurecto está aberto.
Ele vê o senhor do país da Luz quando ele percorre o firmamento.
Ele o faz aparecer como o deus grande,
Senhor da eternidade,
Estrela imperecível.
(Texto dos sarcófagos, cap. 788)

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sabedoria Egípcia - A Energia Celeste e as Estrelas


A Energia celeste

Ó você, que se encontra no oceano de energia,

Nas vizinhanças do céu,
Prepare a Barca para que eu chegue ao país da Luz
(Textos dos sarcófagos)

Eu sou o deus grande,

Vindo à existência por mim mesmo.
Quem ém ele?
A energia.
O oceano de energia primordial,
O pai dos deuses
(Tumba da rainha Nefertari)

Eu sou o Sul,

Eu sou o Norte,
Eu sou o Leste,
Eu sou o Oeste,
Eu sou o Senhor do Universo.
Eu saí do oceano de energia primordial ao mesmo tempo que a luz divina.
(Livro segundo das respirações)

Eu sou um seguidor da luz divina,

Alguém que tomou posse do céu.
Eu vim a ti, Râ, meu pai, Luz divina.
Eu percorri o espaço luminoso,
Eu invoquei a Grande (o céu)
Eu fiz a viagem do Verbo,
Cruzei em solidão as trevas
 que se encontram no caminho da luz divina.
Tomei posse do céu

Livro para sair à Luz, Capítulo 131



quinta-feira, 21 de junho de 2012

Caduceu




O caduceu é atualmente o símbolo da medicina e demais ciências da saúde. Representa um cetro ou um bastão com duas serpentes entrelaçadas. É o cetro do deus grego Hermes (Mercúrio) e entre os gregos e romanos o deus era sempre representado carregando esse cetro, junto com os petasos (capacete com asas) e as sandálias aladas. Porém o que poucos sabem é que o caduceu não é originário da Grécia. O primeiro povo a retratar o caduceu foram os egípcios, sendo o caduceu um atributo do deus Thot. Quando os gregos conquistaram o Egito houve a assimilação dos deuses gregos e egípcios e Thot passou a ser designado como Hermes Trimegisto (ou Hermes “Três Vezes Grande”). Assim os símbolos e características dos dois deuses se fundiram não ficando restrito apenas ao Egito, mas a todo o mundo helenístico. 





segunda-feira, 11 de junho de 2012

A lenda do nome mágico



Contam os mitos egípcios que há muito tempo atrás, quando os Deuses e os homens já existiam, governou no mundo um poderoso Deus. Ninguém conseguiu descobrir o seu verdadeiro nome, pois ele transformava-se continuamente para não ser reconhecido. Ele era possuidor de muitas formas, nomes e aparências, e por isso era conhecido pelo nome de Deus Oculto.
Um dia a Deusa Isis decidiu desvendar esse segredo e utilizou a sua sabedoria e Magia para realizar o tal feito. Isis sabia que o Deus Oculto era o condutor da barca do Sol. E assim, numa iluminada manhã, Ela seguiu o barqueiro e descobriu que ele caminhava pelos céus ate desaparecer nos confins do mundo, a Oeste.
No dia seguinte, Isis esperou onde o Sol se punha, e quando o Deus oculto parou para descansar, a Deusa esperou que o seu suor pingasse de sua face e o misturou ao barro, formando uma massa com a qual modelou uma serpente venenosa...
No dia seguinte, quando o Deus novamente saiu para percorrer o firmamento com a sua barca, Isis soltou a serpente mágica, e quando o Deus Oculto parou para descansar ao meio-dia, foi picado por ela.
O Deus começou a gritar clamando por todos os Deuses, chamando-os para que viessem cura-lo. Uma delas foi Isis, a Senhora da Magia e conhecedora de todos os venenos das serpentes.
Ao chegar na presença do Deus Oculto, Isis perguntou o que tinha acontecido e ele respondeu:
- Eu fiz tudo o que existe, de mim, dependem o dia e a noite. Eu criei os homens e os animais, mas jamais tinha visto uma serpente igual como essa.
Isis então olhou profundamente nos olhos do Deus e disse:

- Diz-me, Deus soberano, qual é o teu verdadeiro nome?
O Deus Oculto gritava com tanta dor e exclamou:
- Muitos são os meus nomes. Eu sou o Deus do céu, Atum, o Deus do não ser. Somente o meu pai me chama pelo meu verdadeiro nome. Ele deu-me esse nome para que ninguém pudesse me enfeitiçar com Magias e assim se apoderasse da minha eterna sabedoria.
Isis não se dava por vencida e insistia:
- Qual é esse verdadeiro nome, então, aquele que teu pai te deu?
O Deus Oculto não dizia o seu nome verdadeiro de maneira nenhuma. E cada vez mais os seus gritos ecoavam entre os mundos. No entanto, nenhum Deus intervinha. Isis insistiu mais uma vez:
- Diz-me, Deus Oculto, qual o teu verdadeiro nome, e eu ajudar-te-ei com as minhas palavras mágicas. Meu encantamento só será eficaz se me revelares o teu nome secreto. Com um feitiço lançado com o teu nome secreto, poderei para sempre retirar o veneno do teu corpo.
O Deus não aguentava mais de tanta dor e sussurrou no ouvido da Deusa:
- Meu nome secreto é Rá. Este é o nome que meu pai me deu.
Na mesma hora, um poderoso encantamento saiu dos lábios de Isis e o corpo de Rá ficou livre do veneno.
A Deusa curou-o, mas Rá pagou o preço. Isis passou a exercer poder eterno sobre Ele.
E, assim, Isis tornou-se superiora a todos os outros Deuses.



Mitologia Egípcia

Poemas de Amor no Antigo Egipto



I
Vem depressa para junto do teu amor,
Como o mensageiro real obedecendo à
Impaciência do seu amo - quer dizer, se
se acreditar, num mensageiro real.
Vem depressa,
Tens toda a coudelaria à disposição,
A carruagem pronta.
Nem o mais impetuoso dos cavalos
- Quando a encontrares -
Se aproximará da velocidade do teu coração.
II
Traz o teu ímpeto
À casa da tua amada,
Tu que és o orgulho da coudelaria do rei,
Escolhido de entre uma centena de puros-sangues,
Treinado com ração especial,
Que partes em galope sem igual
à mera menção da palavra estribo,
Sem mesmo o treinador
(Que é hitita)
Poder segurar-te.
Como ele conhece bem o coração dela
A que há-de ficar sempre ao seu lado.
III
Vem como a gazela do deserto
Obrigada a ziguezaguear em nervosa pressa
Atravessando os trilhos e voltando
Com medo do ganido dos cães e do caçador;
E que finalmente se decide por uma veloz linha recta
Com um olho no lugar deixado.
Estás a salvo dentro da casa da amada
Beijando-lhe as mãos, fazendo-lhe
A sincera proclamação do teu amor,
Fazes tudo isto
Tudo isto no interior da grande e pré-concebida organização
Da deusa do oiro.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Limão


Os egípcios do século XIV conheciam o limão. Ao longo da costa mediterrânea do Egito, as pessoas bebiam kashkab, uma bebida feita de cevada fermentada, folhas de hortelã, arruda, pimenta preta e limão. A primeira referência do limão no Egito é nas crônicas do poeta e viajante persa Nasir-i-Khusraw, que deixou um relato valioso da vida no Egito sob o mandato do califa fatímida al-Mustansir (1035-1094)

Hieróglifos Egípcios



No Egito Antigo a escrita mais usada era conhecida como escrita hieroglífica, pois era baseada em hieróglifos. Estes eram desenhos e símbolos que representavam idéias, conceitos e objetos. Os hieróglifos eram juntados, formando textos. Esta escrita era dominada, principalmente, pelos escribas.

Os egípcios escreviam, usando os hieróglifos, no papiro (espécie de papel feito de uma planta de mesmo nome) e também nas paredes de pirâmides, palácios e templos.

Estes hieróglifos são a principal fonte histórica para entendermos a história desta importante civilização antiga. Poucos egiptólogos (estudiosos do Egito Antigo) conseguem decifrar a escrita hieroglífica.

Ankh





Cruz Ansada ou Ankh que é nome do símbolo hieróglifo egípcio para "vida".


O Ankh é encontrado com frequência nos túmulos do Antigo Egito, sendo os Deuses e Faraós frequentemente retratados a segurar este símbolo.

O Ankh (pronuncia-se "anak")  também forma parte dos conceitos dos hieróglifos para "saúde" e "felicidade".


O Ankh é também um símbolo de fertilidade e é usado hoje em dia como um atributo ou emblema sagrado simbolizando a eternidade da alma.


O símbolo combina duas forças, a cruz que representa o elemento masculino e a oval, o feminino.

A cruz e a oval, dizia-se no Antigo Egito serem os dois princípios geradores do Céu e da Terra, também das deidades Egípcias Ísis e Osíris.

É um símbolo antiqüíssimo, talvez a origem de todas as outras cruzes.

domingo, 3 de junho de 2012

Reflexologia



As origens da Reflexologia remontam à Antiguidade, quando as terapias de pressão eram reconhecidas como uma forma de medicina preventiva e terapêutica.

Embora não se saiba ao certo quando e como começou, as evidências indicam que a reflexologia tem sido praticada por diversas culturas ao longo da História.

De acordo com uma teoria que goza de grande aceitação, a Reflexologia nasceu na China há cerca de 5000 anos , mas o documento mais antigo que descreve a sua prática foi encontrado em escavações no Egito. Trata-se de um pictograma produzido à volta de 2500 a 2330 a.c. e foi descoberto no túmulo de um médico egípcio, Ankmahar, em Saqqara.

Pela observação do túmulo conclui-se tratar-se de uma pessoa muito importante na sua época e que gozava de grande prestígio.

A Reflexologia passou por diversas fases e foi praticada de várias maneiras ao longo dos anos, diferindo em estilo e localização dos pontos consoante o estudioso/terapeuta.