terça-feira, 3 de julho de 2012




A escrita egípcia, denominada hieroglífica foi primitivamente pictográfica, isto é, cada sinal representava um objeto. Gradativamente os antigos sinais foram substituídos por caracteres que designavam sílabas, mais tarde reduzidos a vinte e quatro símbolos que representavam sons da voz humana. Além da escrita hieroglífica, usaram os egípcios dois outros sistemas de escritas: o hierático que era uma forma cursiva para fins comerciais e o demótico, usado nos últimos períodos e que consistia numa forma mais simples e mais popular do hierático.

A literatura foi de natureza sobretudo religiosa e filosófica. As suas mais antigas manifestações são constituídas por inscrições feitas nas pirâmides e em túmulos suntuosos. Merece citação a "Canção do Harpista", repassada de ceticismo em relação à vida depois da morte e sugerindo o gozo dos prazeres mundanos. Além dos textos esculpidos nos túmulos e nas pirâmides, havia também, contos, romances e hinos religiosos. O "Diálogo de um Misantropo", é um condenação das iniqüidades e injustiças desta vida e uma exaltação da outra, verdadeira libertação de todos os infortúnios humanos.

A literatura egípcia projetou-se na literatura de outros povos. No Livro do Provérbios de Salomão, por exemplo, sente-se a influência de um livro egípcio intitulado "A Sabedoria de Amenemope", obra de fundo ético e didático.

A contribuição da civilização egípcia para idéias religiosas e éticas é transcendental. Do Nilo derivou-se uma grande parte do progresso intelectual das épocas posteriores. A filosofia, a astronomia, a matemática, a escrita e a literatura nasceram no Egito. Tal fato, por si só, já é suficiente para que se tenha uma idéia bem nítida da importância da herança que foi legada à posteridade pela velha civilização dos faraós.

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