quinta-feira, 19 de novembro de 2009
































A divisão de classes feita no Egito Faraônico para as dançarinas se resumia em:

a) Awalim – aquelas que dançavam só para a Elite;

b) Ghawazee – aquelas que dançavam nas ruas (dançarinas do povo) e até mesmo em prostíbulos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O Egito é aqui!















Biga imperial

















Faraó Sebek-Hotep – Conduzindo a biga imperial de guerra numa de suas famosas batalhas – descendente de amenemhat IV – reinou com astucia, sabedoria e justiça na 13ª dinastia -médio império, pouco antes da invasão dos hicsos.

Sabedoria egípcia




























“Eu dei o máximo valor à Regra (Maât)

Que o princípio divino ama,

Eu sei que ele vive dela.

Ela é igualmente meu pão,

Eu bebo seu orvalho,

Eu formo com ela um só ser.”

Palavras da rainha-Faraó Hatshepsut
















"Quem se banha uma vez no Nilo certamente voltará."

Provérbio egípcio




















A ruína do homem é sua própria língua.

Provérbio egípcio



























A vida é como o corpo de uma dançarina em chamas,
que como uma labareda,
dança apenas brevemente para cada um.
(Provérbio Egípcio)















Escuta, filho meu, a lição de teu pai e não desdenhes dos ensinamentos de sua mãe, porque serão uma coroa gloria em tua cabeça e um colar em teu pescoço.

Provérbio egípcio

Sabedoria Egípcia































Existe uma lenda de que no antigo Egito acreditava-se que após a morte as pessoas eram submetidas a duas perguntas feitas pelo guardião do paraíso. A resposta dada pelo falecido a essas duas perguntas é que determinavam se ele seria ou não aceito para descanso eterno.

Essas perguntas eram:
1. Você foi feliz enquanto vivo?
2. Sua existência trouxe felicidade ao outros?











Mergulha no Nilo o homem afortunado, que voltará com o peixe na boca.

Provérbio egípcio





















Por maior que seja, todo deserto sempre se acaba.

Provérbio egípcio

Ramsés II: O grande faraó



































O reinado de Ramsés II é, de certa forma, como as pirâmides – um símbolo da opulência egípcia. Chamado de Ramsés, o Grande, tudo na vida deste faraó é vultoso. Viveu 90 anos, dos quais 67 à frente do governo. No começo de seu reinado, partiu para Qadesh, cidade que demarcava o limite entre os impérios egípcio e hitita, enfrentou sozinho 2 500 bigas inimigas e saiu vivo – “com a ajuda de Amon-Rá”. Ramsés ainda fundou uma nova capital no norte do Egito, Pi-Ramsés, cobriu o seu país e a Núbia (atual Sudão) de monumentos aos deuses e estabeleceu uma paz no reino de cerca de 50 anos. O mais bem-sucedido faraó entre os deuses vivos teve tempo de ter oito rainhas – das quais Nefertari era a preferida –, mais de uma centena de esposas secundárias e concubinas e quase 200 filhos. Se não bastasse, a biografia de Ramsés II tem espaço também para controvérsias: é considerado por alguns pesquisadores como o faraó do Êxodo, a libertação dos hebreus relatada na Bíblia.




















Quão feliz é aquele que conta suas experiências de vida depois que as calamidades passaram.
(Provérbio egípcio)

Carros Egípcios



Os egípcios tornaram o carro de guerra mais leve, e sua construção tornou-se extremante refinada. A escolha de materiais era cuidadosa, e para cada parte era empregada a madeira que melhor se adequasse à função. O encaixe das peças era perfeito. Os raios das rodas, por exemplo, eram compostos de duas peças separadas, que eram coladas a seguir. Isto visava obter uma maior elasticidade. A imagem nos dá uma idéia da leveza destes veículos, os quais, nas vastas planícies do Egito, certamente permitiam aos combatentes alcançar grande velocidade, uma vantagem decisiva nos confrontos (aproximadamente 1400 A.C)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Culto de Ísis


























Todos temos conhecimento dos chamados ritos “secretos” da Bondosa Deusa! As flautas, os cachimbos e o vinho animam de facto estas loucas seguidoras do velho deus da fertilidade e fazem-nas rodopiar, gritando freneticamente. Estão tão empenhadas em ir para a cama com alguém!... Por fim, estão ansiosas para começar, não conseguem esperar mais um momento; são todas mulheres, puras e simples, e começam a gritar: “Agora, agora! Estamos prontas! Deixem vir os homens!”



Juvenal, Sátiras, VI (sécs. I e II d. C.), citado em Michael Massey, “As Mulheres na Grécia e Roma Antigas”

Hino do Sol:






















"Bela é a Tua alvorada,ó Aton vivo,Senhor da eternidade! Tu és brilhante,Tu és belo,Tu és forte! Grande e profundo é Teu amor;os Teus raios cintilam nos olhos de todas as criaturas;a Tua pele espalha a luz que faz os nossos corações viverem. Tu encheste as Duas Terras com o Teu amor,ó belo Senhor,que a Ti mesmo Te criaste a Terra inteira e tudo o que nela se encontra: os homens,os animais,as árvores que crescem do chão. Levanta-Te para lhes dar vida,pois Tu és a mãe e o pai de todas as criaturas. Os teus olhos voltam-se para Ti quando Te vê,quando Tu lhe apareces como seu Senhor. Quando Te pões no horizonte ocidental do céu,as Tuas criaturas adormecem como mortos;obscurecem-lhes os pensamentos,tapam-lhe as narinas,até que de manhã se renova o Teu brilho no horizonte ocidental do céu. Então,os Teus braços imploram o Teu Ka,a Tua beleza acorda a vida e Renasce-Se! Tu oferece-nos os Teus raios e toda a Terra está em festa;canta-se,toca-se música,soltam-se gritos de alegria no pátio do Obelisco,o Teu Templo de Akhenaton,a grande praça que tanto Te agrada,onde Te oferecem alimento como homenagem. Tu és Aton,Tu és eterno...Tu criaste o longínquo céu para aí Te elevares e veres as coisas que criaste. Tu és único e,no entanto,dás a vida a todos os seres,é de Ti que as narinas recebem o sopro da vida. Quando vêem os Teus raios,todas as flores vivem,essas mesmas que crescem no chão e se abrem quando Tu apareces. Com a Tua luz se embriagam. Todos os animais se levantam de um salto,os pássaros que estavam nos seus ninhos abrem suas asas,para fazerem preces a Aton, fonte da vida."

Hino a Aton








"Apareces cheio de beleza no horizonte do céu, disco vivo que iniciaste a vida.
Enquanto te levantaste no horizonte oriental, encheste cada país da tua perfeição. És formoso, grande, brilhante, alto em cima do teu universo.
Teus raios alcançam os países até ao extremo de tudo o que criaste.
Porque és Sol, conquistaste-os até aos seus extremos, atando-os para teu filho amado. Por longe que estejas, teus raios tocam a terra.

Estás diante dos nossos olhos, mas o teu caminho continua a ser-nos desconhecido. Quando te pões, no horizonte ocidental, o universo fica submerso nas trevas, como morto. Os homens dormem nos quartos, com a cabeça envolta, nenhum deles podendo ver seu írmão...

Mas na aurora, enquanto te levantas sobre o horizonte, e brilhas, disco solar, ao longo da tua jornada, rompes as trevas emitindo teus raios...
Se te levantas, vive-se; se te pões, morre-se. Tu és a duração da própria vida; vive-se de ti.

Os olhos contemplam, sem cessar, tua perfeição, até o acaso; todo o trabalho pára quanto te pões no Ocidente.

Enquanto te levantas, fazes crescer todas as coisas para o rei, e a pressa apodera-se de todos desde que organizaste o universo, e fizeste com que surgisse para teu filho, saído da tua pessoa, o rei do Alto e do Baixo Egito, que vive de verdade, o Senhor do Duplo País, Neferkheperuré Uaenré, filho de Rá, que vive de verdade, Senhor das coroas, Akhenaton.

Que seja grande a duração de sua vida! e à sua grande esposa que o ama, a dama do Duplo País, Neferneferuaton Nefertiti, que lhe seja dado viver e rejuvenescer para sempre, eternamente.”

Deuses















Amon - deus dos deuses
Ré - deus do sol
Osíris - deus dos mortos e do renascimento
Seth - deus que matou seu irmão Osíris
Maát - deusa da justiça
Anúbis - deus do embalsamamento e da morte
Isis - A deusa modelo para mães e esposas
Neftis - A deusa protetora de túmulos
Hathor - deusa da alegria e da festa
Hórus - deus criador do universo
Ptah - deus criador dos homens e da arte
Neith - deusa guerreira
Thot - deus da escrita e dos escribas
Atum - Em Heliópolis é o rei de todos os deuses
Sekhmet - deusa responsável pelas epidemias e mortes
Amenófis I - Rei divinizado
Bés - deus protetor dos sonhos
Meretseger - Protetora dos mortos

Assombro












Assombro é
pressentir teu rosto entre as estrelas
agora que se evadiu do rio dos meus olhos
saber-te perdido na negra noite funda
e procurar-te entre florestas de sombras

– ao longo dos desertos caminharei
em cada grão de areia irei chorar-te
o ardor do sol será meu alimento

e os meus braços
refúgio para o teu corpo despedaçado.


poema de amor de Isis a Osiris

Trecho do hino ao Faraó Amenotep IV















"Tu brilhais sobre os montes do Ocidente
e com a beleza tua enches as terras.
És grande, és belo, fulges e dominas em todas as terras,
os teus raios iluminam todos os pontos
das terras que criaste.
Tu a submetes a teu filho amado.
Estás longe mas os teus raios estão sobre a terra,
iluminas os homens mas ninguém vê o teu caminho.

Senhor, como se ocultam as tuas obras
tão grandes e numerosas aos olhos dos homens".(*)
















Este texto foi escrito por Akenaton (Aquele que agrada a Aton), também conhecido como Amenófis IV. Aton é uma das variantes do nome do deus Sol.

No canto, é possível ler a seguinte descrição: "... E assim ocorreu que, encontrando-se o faraó na caça do leão, em pleno dia, seus olhos avistaram um disco brilhante pousado sobre uma rocha, e o mesmo pulsava como o coração do faraó, e seu brilho era como o ouro e a púrpura. O faraó se colocou de joelhos ante o disco" . Nesse canto, no Ill Hino, o faraó continua a narração dizendo: " ... Oh!, disco solar que com teu brilho ofuscante pulsas como um coração e minha vontade parece tua. Oh!, disco de fogo que me iluminas e teu brilho e a tua sabedoria são superiores à do Sol."

Depois dessa visão, o faraó mudou seu nome para Akenaton e decidiu transformar a religião egípcia: de politeísta (crença em vários deuses) em monoteísta (crença em apenas um ser supremo). E escolheu como deus supremo Aton, o deus sol.

Os sacerdotes protestaram, mas enquanto Amenófis IV estivesse no poder, ninguém poderia fazer nada. Após sua morte, o Egito voltou a ser politeísta, e os sacerdotes amaldiçoaram Akenaton, apagando todos os vestígios de sua existência.













“Enfrenta o sol, e as sombras cairão atrás de ti”
(Provérbio egípcio)









“A boca de um homem perfeitamente contente está repleta de cerveja”.
provérbio egípcio de 2200 a.C









Aqueles que tinham alguma vergonha estão mortos.

(Na verdade, existe uma história por trás desse provérbio; é um antigo provérbio da Era Ottoman, quando Cairo estava lotado de banhos turcos - especialmente nas áreas centrais. Uma vez tiveram um grande incêndio em um desses famosos banhos turcos durante o horário feminino; as mulheres que correram sem roupa sobreviveram, mas as que tinham vergonha de correrem nuas... morreram lá.)

O faraó, um rei-Deus

























"Volta a tua face para mim, ó Sol nascente que iluminas o mundo com a tua beleza, disco resplandescente entre os homens, que afastas do Egipto as trevas [...]. Quando repousas no teu palácio, ouves o que se diz em toda a parte, pois tens milhões de ouvidos.
Os teus olhos brilham mais do que as estrelas do céu[...]. Se se fala, mesmo que seja com a boca encostada à parede de uma casa, as palavras chegam aos teus ouvidos. Se se faz qualquer coisa em segredo, os teus olhos veêm tudo, ó rei, senhor generoso, que a todos dás o sopro da vida."

Papiro Anastasi V

As jóias do Faraó!




























Os braceletes tinham desenhos de escaravelhos , falcões e abutres.
O sarcófago inteiramente em ouro
era coberto por jóias que também eram encontradas em caixas e baús. Brincos, braceletes, peitorais, amuletos, pendentes, entre outros faziam parte das jóias do faraó.
Estes tesouro estão, desde a sua descoberta no início do século passado, no Museu Egípcio do Cairo e representam a maior coleção em objetos de ouro e jóias do mundo.

Simbolismo das jóias
























O enorme simbolismo das jóias antigas egípcias também se refletia no uso de determinadas cores.

De acordo com o Livro dos Mortos, sabemos que o azul-escuro representava o céu quando noite, o verde a ressurreição e a renovação, e o vermelho o sangue, a energia e a vida.

Máscara de Tutankamon






















Esta máscara foi usada para proteção de Tutankamon após sua morte. Feita de ouro, lapis-lázuli, amazonita e contas de vidro de diversas cores.

Cabelos






















Os egípcios ricos usavam perucas enquanto os mais pobres deveriam usar cabelos longos que podiam ser amarrados com rabo de porco. Até os doze anos, os garotos egípcios tinha que manter a cabeça raspada, para os proteger de pulgas e piolhos.

O cabelo era lavado frequentemente ,usando um pó à base de cinza de vegetais e carbonato de sódio mas, as pragas de piolhos e lêndeas favoreceram o uso de perucas, discutindo-se hoje se , por baixo delas, havia cabelos curtos ou cabeças rapadas.

Ourivesaria egípcia


















O trabalho dos ourives egípcios era dominado pelo uso de amuletos, contendo mais do que um simples efeito decorativo: os motivos possuíam significados religiosos ou mágicos.
O motivo ou símbolo decorativo mais comum era o escaravelho, que significava ao mesmo tempo o sol e a criação.

Crianças egípcias















Assim que a criança nascia era preciso dar-lhe um nome, já que não existia entre eles o assim chamado nome de família. Alguns desses nomes eram curtos: Ti, Abi, Tuí, To. Outros eram verdadeiras frases como Djed-Ptah-iuf-ânkh, que significa Ptah diz que ele viverá. Substantivos e adjetivos também eram transformados em nomes: Djâu. a vara; Chedu, o odre; Menkhti, o forte; Chery, o pequeno; Ta-mit, a gata. Os pais costumavam adotar uma divindade como padrinho do recém-nascido e desse fato também podia advir o seu nome: Hori para os afilhados do deus Hor; Setuí para os afilhados do deus Seth; Ameni para os afilhados do deus Amon e assim por diante. Escolhido o nome fazia-se o registro do nascimento junto à autoridade competente, até porque era necessário que a administração conhecesse o número de bocas que tinha a obrigação de alimentar.



















Ouro, cobre e turquesa eram alguns dos minerais que os egípcios extraiam e com os quais produziam magníficas obras de arte. O ouro era abundante no deserto oriental, uma vasta região de rochas montanhosas, situado entre o Nilo e o Mar Vermelho, uma fonte de muitos minerais e pedras duras usadas em grandes quantidades pelos antigos artífices.
Várias fontes de minerais estavam localizadas a leste do Egito. Uma delas era o monte Sinai, de onde os egípcios extraíram turquesas, desde a III dinastia (2649-2575 a.C.). Até fim do Império Novo (1070 a.C.), e cobre, no período entre a XVIII e a XX dinastias (1550 a 1070 a.C.). No que se refere às turquesas, em certas épocas houve um povoamento egípcio permanente na zona de sua extração. Já no que diz respeito ao cobre, parece que as minas eram exploradas pela população local, sob controle dos egípcios.










Crianças egípcias
















As crianças egípcias não usavam roupas até à adolescência. Isso se devia às altas temperaturas da região. Os homens egípcios vestiam saias e as mulheres vestidos.


O instante em que a criança não mais podia andar nua, momento que devia coincidir talvez com a entrada na escola, o menino ganhava uma espécie de saia e um cinturão e a menina recebia um vestido. Essa era uma data marcante da vida infantil e ficava marcada para sempre na memória, como atestam velhos cortesãos ao escreverem que não esqueciam ter recebido o cinturão no reinado de um determinado faraó. Era então que os meninos começavam a ser orientados no sentido de, um dia, virem a exercer o ofício de seus pais.

Dança do Punhal


















Reverencia a deusa Selkis, a Rainha dos Escorpiões. O simbolismo representa a morte, o sexo e a transformação.
Esta dança é cheia de mistério. Esta dança é de origem turca, e a bailarina causa muito suspense ao passar punhal bem próxima do público.

Hagalla

Originária da Líbia, no Egito essa dança foi encontrada com maior freqüência em Mersa Matruh. Quando realizada com autenticidade, a performance é executada por uma mulher totalmente coberta, ao som de cânticos masculinos , chamados keffafeen, acompanhados por palmas. Tradicionalmente, a dançarina de Haggala deve apresentar-se para quatro homens e, dentre eles, escolher apenas um para o qual terminará sua dança. Ela amarra um lenço nos quadris e, quando escolher seu pretendente, deverá laçá-lo com este. Numa versão mais moderna, grupos de mulheres dançam umas para as outras.

Raks Al Balaas – Dança do jarro
















Conhecida também como Dança do Nilo, acredita-se que sua origem tenha relação com as cerimônias realizadas à beira do rio, pedindo que ele inundasse suas margens para fertilizar as terras, beneficiando nas plantações e colheitas. Em outra versão, essa dança seria a representação da vida dos povos do deserto, onde a bailarina faz o trajeto de uma nômade que sai de sua tenda em direção ao oásis com o intuito de buscar água. No caminho, ela executa movimentos com o jarro como: parar para descansar, refrescar-se, pegar a água e, finalmente, voltar à tenda. Para dançá-la, a bailarina deve usar roupas que cubram todo o corpo, imitando o traje das beduínas, inclusive fazendo uso dos chadores (véus que cobrem o rosto). É necessário habilidade, equilíbrio e boa expressão facial.

O uso do jarro também pode ser visto na Fallahi, dança egípcia camponesa.





















Quando um corpo era mumificado, seu cérebro era removido por uma de suas narinas e seu intestino também era retirado e colocado em jarros. Cada orgão era colocado em um jarro separado. O único orgão interno que não era removido era o coração, pois os egípcios achavam que ele era a morada da alma.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Calendário egípcio











Primeiro calendário da história da humanidade e começa com a enchente anual do rio Nilo. Surge por volta de 3000 a.C. O ano tem 365 dias, divididos em 12 meses de 30 dias e mais cinco dias extras, dedicados aos deuses.

Os egípcios são os primeiros a utilizar um calendário solar , embora os 12 meses de 30 dias sejam de origem lunar. O ano tem 365 dias - e 6 horas a menos que o ano solar, o que significa atraso de um dia a cada quatro anos.

Havia três estações determinadas pelo fluxo do rio Nilo: Cheias (akket); Semeio (pert) e Colheita (shemu). A relação entre as estações definidas pelo Nilo e as estações naturais era feita pelo nascer heliacal da estrela Sirius, conhecida dos egípcios pelo nome de Sothis. A primeira aparição da estrela no céu da manhã, depois da sua conjunção com o sol determinava o início da contagem das estação das Cheias.

O calendário egípcio foi reconhecido pelos astrônomos gregos e tornou-se o calendário de referência da astronomia por muito tempo. Copérnico usou-o para construir suas tábuas da lua e planetas. Já no ano 238 a.C., o rei Ptolomeu III tentou acrescentar um dia extra ao calendário a cada 4 anos, como no ano bissexto atual. No entanto sua proposta não teve eco. Somente entre 26 a.C. e 23 a.C., a modificação é realizada, sob o império romano na mão de Augusto que introduziu tal modificação no calendário.


Meses egípcios:


01- Toth 05- Tybi 09 - Pachons

02- phaophi 06 -Mechir 10- Payni

03 -Athyr 07- Phamenoth 11- Epiphi

04- Choyak 08- Pharmouti 12- Mesori




O ano egípcio de 23 - 22 a.C. possui o mês correspondente a agosto com 30 dias. A partir de então, este mesmo mês voltou a possuir 29 dias salvo nos anos bissextos, quando tinha um dia a mais. Esse novo calendário passou a se chamar Alexandrino.

Esta reforma não foi aceita integralmente e os dois calendários permaneceram paralelos até pelo menos 238 d.C. Os astrônomos e astrólogos mantiveram a notação antiga. Ptolomeu usava-o, salvo no tratado de fenômenos anuais em que o novo calendário tinha mais conveniência.

Os persas adotaram o antigo calendário egípcio em 500 a.C. Não é bem certo se foi adotado exatamente ou com modificações. Os armênios ainda o adotam. Os três últimos meses do calendário armênio correspondem exatamente aos três primeiros do antigo calendário egípcio. Em seguida vêm os cinco dias finais, característicos deste.

O calendário alexandrino é ainda usado na Etiópia, na igreja Cóptica e para fins de agricultura no moderno Egito e vizinhos do norte da África.


Fonte

domingo, 1 de novembro de 2009

Hermes Trimegistus

Hermes Trismegistus é a expressão em latim para “Hermes o Três-Vezes-Grande”. Ele foi um personagem histórico ou mítico do antigo Egito. Em seu aspecto mítico ele foi uma deidade sincrética que combinava aspectos do deus grego Hermes e do deus egípcio Thoth.

Hermes foi considerado pelos egípcios o Mensageiro dos Deuses, por ter transmitido os seus ensinamentos a este grande povo da antigüidade e ter implantado a tradição sagrada, os rituais sagrados, e os ensinamentos das artes e ciências em suas escolas da sabedoria.

Thot, por seu lado, simbolizava a lógica organizada do universo, estando relacionado aos ciclos lunares a qual em suas fases expressa a harmonia do universo. Também era considerado como deus do verbo e da sabedoria e foi naturalmente identificado com Hermes.

A Hermes Trismegistus foi atribuída a escrita de 42 livros sobre medicina, a astronomia, a astrologia, a botânica, a agricultura, a geologia, as matemáticas, a música, a arquitetura, a ciência política. Entre eles se encontra “O Livro dos Mortos” que é também chamado de “O Livro da Saída da Luz”, a coleção literárica conhecida como Corpus Hermeticum, e é-lhe também atribuído o mais famoso texto alquímico, a “Tábua de Esmeralda”.